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Folclore - Vitória-Régia (lenda, atividades, trabalhos manuais)












Materiais utilizados na Vitória Régia

- Papel de seda amarelo para o miolo
- Papel de seda em tons de rosa para as flores
- Tampinhas plásticas de garrafas
- Cola (pode ser a cola branca, escolar)
- E.V.A. verde para a base da flor


Flor Vitória Régia em Papel de Seda

Flor Vitória Régia em Papel de Seda

Flor Vitória Régia em Papel de Seda

Flor Vitória Régia em Papel de Seda

Flor Vitória Régia em Papel de Seda





Lenda da Vitória-Régia



Os pajés tupis-guaranis, contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a transformava em estrela do Céu. 

Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou impressionada com a história. Então, à noite, quando todos dormiam e a Lua andava pelo céu, Ela querendo ser transformada em estrela, subia as colinas e perseguia a Lua na esperança que esta a visse. 

E assim fazia todas as noites, durante muito tempo. Mas a Lua parecia não notá-la e dava para ouvir seus soluços de tristeza ao longe.



Em uma noite, a índia viu, nas águas límpidas de um lago, a figura refletida da Lua. A pobre moça, imaginando que a Lua havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e nunca mais foi vista. 

A Lua, quis então recompensar o sacrifício da bela jovem, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente daquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", que é a planta Vitória Régia. Assim, nasceu uma planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas. 

Origem: Indígena. Para eles, assim nasceu a Vitória-Régia[2].


Informações Complementares:
Nomes comuns: Vitória Régia. 

Origem Provável: Trata-se de um Mito indígena. 

Há uma segunda versão amazônica desse mito

Esta é uma das lendas inspiradas por Perudá[4], e nasceu do amor entre a índia Moroti e o guerreiro Pitá. A história narra, como toda história de amor que se preze, ao menos na alegoria, mais um caso infeliz que termina mal. 

Diz esta lenda que um índio chamado Pitá afogou-se nas águas caudalosas de um braço de rio, em busca da pulseira que a índia Moroti lhe havia atirado. Moroti, querendo mostrar para as amigas o quanto era amada pelo guerreiro, jogou a sua pulseira ao rio desejando que, como prova de amor, Pitá a trouxesse de volta. 

O infeliz apaixonado atira-se nas águas turbulentas e não mais retorna. Desesperada e arrependida, Moroti joga-se atrás do amado, tendo igual fim. 

No dia seguinte, a tribo presenciou o nascimento de uma grande flor, que ao centro era branca, como o nome de Moroti, e as pétalas ao redor eram vermelhas, como o nome do bravo Pitá. 

A Vitória-Régia, a rainha das flores da Amazônia, só abre suas pétalas à luz do luar, recolhendo-se ao cair do dia, para abrir-se novamente no dia seguinte.






Notas:


[1] A Editoria de Pesquisas Folclóricas, é composta por dois antropológos, sendo um deles também folclorista, historiador e publicitário. Contando ainda com a colaboração de uma pedagoga especializada em Tradições Populares e Costumes Antigos, e ainda com as várias e valorosas contribuições dos nossos leitores.
 

[2] É uma planta aquática que floresce e se desenvolve quando das "águas vivas" e definha quando a água é pouca. É comum nas águas pouco profundas (cerca de meio metro). 
Suas folhas podem atingir mais de três metros quadrados. O longo pecíolo que se eleva no centro da folha é coroado por belíssima flor, de cor carmim e branco e aroma muito suave. Como ninfeácea é parente dos nenúfares. A raiz desta planta é semelhante ao inhame, sendo por isso muito apreciada pelos indígenas. 

[3] Franz Kreüther Pereira, Painel de Lendas & Mitos da Amazônia, p.67, Belém-Pará - 2001. 

[4] Rudá ou Perudá é o deus Tupi do amor, como Eros ou Cupido.




Atividades:




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